terça-feira, 8 de maio de 2012

O Sapo e o Urubu


Orgulho

  O Sapo e o Urubu


O sapo queria voar, conhecer o mundo lá de cima e sair um pouco da lama, da poeira, do mato. E bolou um plano ou­sado. Ao encontrar-se com um urubu, começou a pôr em prá­tica sua estratégia:
—  “Seu" urubu, eu gostaria tanto de voar, conhecer o mundo lá de cima, mas, como o senhor sabe, não tenho asas. Porém tenho um belo plano. Que tal dar uma voltinha comigo gruda­do em uma de suas pernas?
O urubu não titubeou para refutar a idéia, com medo das conseqüências. Todavia, o sapo estava disposto e não se entre­gou. Continuou firme em seu propósito.
— Olha, podemos fazer o seguinte: com a minha boca eu seguro em uma de suas pernas. Como o senhor sabe, não te­nho dentes e, portanto, não lhe causarei dano algum.
Após pensar um pouco, o urubu acabou se convencendo de que realmente não haveria nenhum problema, aceitando a idéia.
Lá se foram os dois. Já no alto, o urubu passou por seus colegas, que ficaram assustados com o que viram!
— Será que estou bem?! Parece um sapo grudado em sua perna! — exclamou um colega urubu, esfregando rapidamen­te os olhos com uma de suas asas, para certificar-se de que não era um sonho.
O urubu contou toda a história ao colega, dizendo que re­solveu realizar o sonho do sapo.
— Mas quem teve a idéia? — indagou o colega.
O sapo, que não queria dividir a glória da brilhante idéia, deu logo um grito:
— Fui euuuuuuuuuu!
E espatifou-se ao chão.
Louve-te o estranho, e não a tua boca, o estrangeiro, e não os teus lábios (Pv 27.2).


Extraído do Livro: Ilustrações para enriquecer suas mensagens de Antonio Mesquita publicado pela CPAD

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