Orgulho
O Sapo e o Urubu
O sapo queria voar, conhecer
o mundo lá de cima e sair um pouco da lama, da poeira, do mato. E bolou um
plano ousado. Ao encontrar-se com um urubu, começou a pôr em prática sua
estratégia:
— “Seu" urubu, eu gostaria tanto de voar,
conhecer o mundo lá de cima, mas, como o senhor sabe, não tenho asas. Porém
tenho um belo plano. Que tal dar uma voltinha comigo grudado em uma de suas
pernas?
O urubu não titubeou para
refutar a idéia, com medo das conseqüências. Todavia, o sapo estava disposto e
não se entregou. Continuou firme em seu propósito.
— Olha, podemos fazer o
seguinte: com a minha boca eu seguro em uma de suas pernas. Como o senhor sabe,
não tenho dentes e, portanto, não lhe causarei dano algum.
Após pensar um pouco, o urubu
acabou se convencendo de que realmente não haveria nenhum problema, aceitando a
idéia.
Lá se foram os dois. Já no
alto, o urubu passou por seus colegas, que ficaram assustados com o que viram!
— Será que estou bem?! Parece
um sapo grudado em sua perna! — exclamou um colega urubu, esfregando rapidamente
os olhos com uma de suas asas, para certificar-se de que não era um sonho.
O urubu contou toda a
história ao colega, dizendo que resolveu realizar o sonho do sapo.
— Mas quem teve a idéia? —
indagou o colega.
O sapo, que não queria
dividir a glória da brilhante idéia, deu logo um grito:
— Fui euuuuuuuuuu!
E espatifou-se ao chão.
Louve-te o estranho, e não a
tua boca, o estrangeiro, e não os teus lábios (Pv 27.2).
Extraído do Livro: Ilustrações para enriquecer suas mensagens de Antonio Mesquita publicado pela CPAD
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